Nesta análise provocativa, o psicólogo Edgar Cabanas e a socióloga Eva Illouz traçam a gênese e desenvolvimento do campo da “psicologia positiva”, revelando a ideologia por trás do sucesso financeiro e midiático dessa tendência pseudocientífica. Amparados por uma lista extensiva de exemplos retirados diretamente da literatura da psicologia positiva, Cabanas e Illouz mostram como a noção de felicidade – antes associada ao destino, à ausência de problemas ou à satisfação pessoal decorrente de uma vida plena – passou a ser sinônimo de “uma atitude passível de ser engendrada pela força de vontade; resultado do treino de nossa força interior e nosso eu autêntico; única meta que faz a vida valer a pena; o padrão pelo qual devemos medir o valor de nossa biografia, o tamanho de nossos sucessos e fracassos, e a magnitude de nosso desenvolvimento psíquico e emocional”. Qual a origem dessa noção de felicidade? Como ela é sustentada, e por quem? Em nome de quê é defendida? E, finalmente, quais as consequências da defesa de tal noção? Mais que um valor, um sentimento ou uma forma de avaliar um percurso de vida, a felicidade torna-se uma cultura que transforma cada pessoa em uma empresa autogerida, orientada para a maximização de ganhos. Nesta crítica enérgica, os autores deixam claro que a linguagem neoliberal empregada por aqueles que prometem mostrar o “caminho das pedras” para a felicidade não descreve uma associação metafórica entre a cultura da felicidade, de um lado, e o consumismo,
Peso: | 0,42 kg |
Número de páginas: | 288 |
Ano de edição: | 2022 |
ISBN 10: | 6586497906 |
ISBN 13: | 9786586497908 |
Altura: | 21 |
Largura: | 14 |
Comprimento: | 2 |
Edição: | 1 |
Idioma : | Português |
Tipo de produto : | Livro |
Assuntos : | Psicologia |
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