Sinopse

A complexidade do fim da adolescência e a entrada no confuso e ambivalente mundo adulto é o tema de Meus dias com os Kopp, obra de estreia da espanhola Xita Rubert, que conquistou a crítica por sua abordagem nada óbvia deste universo, desviando de estereótipos de romances de formação. O romance acompanha Virginia que, aos dezessete anos, viaja com o pai para uma cerimônia de entrega de um prêmio irrelevante. Lá, encontram amigos ingleses, Andrew e Sonya Kopp, que vivem em um mundo à parte quase aristocrático. A jornada tranquila, no entanto, é tensionada pela presença do filho dos Kopp, Bertrand, artista performático obcecado pela efemeridade das esculturas. Desde o início, é posto em dúvida se Bertrand sofre ou não de alguma grave deficiência mental, e a narradora salienta a maneira hipócrita como todos ao seu redor lidam com isso. Evitando as armadilhas de uma denúncia banal da classe alta intelectual, Meus dias com os Kopp trabalha com uma linguagem elegante a serviço da opacidade narrativa, como nos melhores romances de Witold Gombrowicz. Assim, a estreia de Xita Rubert é uma exploração das misteriosas ambiguidades que cercam nossa vida.

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