Com Evita vive, Perlongher retorna à joia de coque loiro enaltecida pelo povo, rainha-mãe dos descamisados, que promete prazeres ao subúrbio. O poeta, mais que lamentar sua entrega santificada à causa dos pobres, faz com que ela participe do gozo perverso em um descenso sulfuroso. É inerente ao esquecimento da história que o poder guarde segredos, algumas perversões e, para a saga, algum cadáver. Despudor e necrofilia são parte da história argentina, e também frugalidades de camarim. Adrian Cangi Devemos à iniciativa de Adrian Cangi a revelação de uma faceta praticamente desconhecida de Néstor Perlongher (1949-1992): a de contista. Dos bastidores de seu arquivo foram resgatados alguns textos inéditos, ou de rara circulação. A oportuna publicação em português de sua mais extensa entrevista (69 perguntas) permite, como em nenhum outro texto, uma aproximação à inteligência polifacética do extraordinário poeta que foi Perlongher — hoje referência obrigatória na poesia hispano-americana contemporânea. Encontramos nas elaboradas respostas seus vários perfis: o de poeta, o de militante homossexual, o de político engajado por meio da ficção, o de jornalista, o de antropólogo e o do místico envolvido nos rituais do Santo Daime de que participou nos últimos anos de sua vida. Em todos os textos percebemos a veemência de quem mergulha “nas intimidades da língua” e nas intimidades da vida. Uma prosa que jamais abandona a marca da poesia, e na qual se cruza a tradição lezamesca com resson
Peso: | 0,15 kg |
Número de páginas: | 136 |
Ano de edição: | 2022 |
ISBN 10: | 6555191805 |
ISBN 13: | 9786555191806 |
Altura: | 20 |
Largura: | 14 |
Comprimento: | 2 |
Edição: | 2 |
Idioma : | Português |
Tipo de produto : | Livro |
Assuntos : | Literatura Estrangeira |
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