amar sem ter é paradoxo de tempo e espaço é sismo sem magnitudeamar sem veramar sem nunca saber é o oco do solilóquio é o virtuosismo do mormaçoamar sem haver, sem nem refúgio nem regaço o solipsismo do osso o insosso do avatar amar sem contemplaramar sem abraço é o aço do estoicismo é esboço de amar, ameaço amar sem abranger é a armadilha da troça bagaço de amar, sobrosso amar sem ter vossa mercê haver-se assim não se possaamar sem ser O “olho reavido” deste novo livro de poemas de Luci Collin preenche o espaço entre o dito e o não dito. Luci ousa na escolha do que enuncia e no silêncio que fala (“o justo pejo do silêncio honrado na palavra feito olho”; “luz sem sombra, silêncio bruto”). Da leitura das imagens dos poemas, concluímos que o olho não é incisivo, que pode ser de “pérola e espanto”, pode ser um coração que sangra e ser ilusório o que vê. Enxerga os entardeceres e o escuro, o da “noite solitária e cega” de uma epígrafe de Agrigento. “Um olho de alcance enigmático e admissível” está também no esquecimento e na memória, “engenho e abrigo” que tornam presente a ausência. “Protege contra lembranças mutiladas”, segue os caminhos da melancolia e do desejo e vê a história fugir “nalgum cavalo fátuo porque tem seu próprio alfabeto.” Memória “de baú primitivo” (“sou longe e existida”): o que já foi e dolorosamente falta. Uma poesia “que resulta de sentimento” — “sim, isso” —, para parodiar uma epígr
Peso: | 0,015 kg |
Número de páginas: | 108 |
Ano de edição: | 2022 |
ISBN 10: | 6555191783 |
ISBN 13: | 9786555191783 |
Altura: | 20 |
Largura: | 14 |
Comprimento: | 2 |
Edição: | 1 |
Idioma : | Português |
Tipo de produto : | Livro |
Assuntos : | Poesia e Poemas |
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