No imaginário do senso comum, as populações negras escravizadas são vistas como destituídas de uma voz própria que comunique sua perspectiva sobre a experiência da escravização. No entanto, o que a historiografia contemporânea tem mostrado é exatamente o contrário: um vasto se posicionam com relação ao papel da fé e da teologia cristã — e a discrepância entre certos valores religiosos e a prática das políticas de Estado que visavam a continuidade da escravidão — e aos discursos abolicionistas, situando-os como personalidades atuantes na vida pública e nos mais acalorados debates da época. Vozes afro-atlânticas ultrapassa as barreiras do estudo acadêmico de fôlego e alcança leitores preocupados em aprimorar sua reflexão crítica sobre os processos históricos, most conjunto documental de relatos em primeira pessoa, produzidos entre o fim do século xviii e o decorrer do século xix, sobretudo nos territórios da América do Norte, escritos de próprio punho ou narrados a transcritores brancos e abolicionistas. Partindo dessas fontes, Rafael Domingos Oliveira propõe contribuir para a construção de uma consciência histórica a respeito do papel da escravidão na formação do mundo contemporâneo e, assim, redefinir nosso olhar sobre as autobiografias de escravizados. Em sua análise, Oliveira evidencia os contextos sociopolíticos de produção dessas narrativas, a fim de destacar suas especificidades frente a outros tipos de documentos produzidos nos períodos estudados. Exemplo desse aspecto
Peso: | 0,4 kg |
Número de páginas: | 292 |
Ano de edição: | 2022 |
ISBN 10: | 6587235360 |
ISBN 13: | 9786587235363 |
Largura: | 14 |
Edição: | 1 |
Idioma : | Português |
Tipo de produto : | Livro |
Assuntos : | Biografia |
Assuntos : | Escravidão |
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