Quando falamos em música falamos em remix e DJ. Quando falamos em audiovisual, falamos em montagem e mash-up. Para a arte contemporânea, o crítico Nicolas Bourriaud forjou o termo “pós-produção”, que aponta a tendência atual de obras que não são criações originais mas reciclagens ou reproposições de obras anteriores ou objetos pré-existentes. Em comum a esses campos e situações, os gestos de apropriação e deslocamento, consagrados pelos ready-mades de Marcel Duchamp e por outros artistas da vanguarda. Entretanto, no ambiente tecnológico contemporâneo, com seus estímulos e ferramentas específicos, a apropriação e o deslocamento adquirem novas facetas. A pergunta da qual esse livro parte é: de que maneira a escrita e a literatura se inserem e participam desse novo contexto? Copiar e colar. Seleção e edição. Gravação e transcrição. Cut-up, apagamento, supressão. Pirataria. Buscas no Google. Plágio, cópia, imitação. Como o ato da citação e a cultura remix dialogam? Em que medida o escritor contemporâneo pode ser pensado como um artista conceitual ou um curador de textos alheios? Quais são as consequências para as práticas de leitura e para a ideia de autoria? A partir das noções de “escrita não-criativa”, de Kenneth Goldsmith, “gênio não-original”, de Marjorie Perloff, e do “Manifesto da literatura sampler”, de Fred Coelho e Mauro Gaspar, Leonardo Villa-Forte estuda obras recentes de escritores, artistas e poetas brasileiros e estrangeiros, para pensar a escrita diante, ou melhor
Peso: | 0,3 kg |
Número de páginas: | 224 |
Ano de edição: | 2019 |
ISBN 10: | 8566786874 |
ISBN 13: | 9788566786873 |
Altura: | 21 |
Largura: | 14 |
Comprimento: | 1 |
Edição: | 1 |
Idioma : | Português |
Tipo de produto : | Livro |
Assuntos : | Oratória |
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