Em A casa como laboratório, Luci Cavallero e Verónica Gago dão continuidade às reflexões do livro Uma leitura feminista da dívida, no qual relacionam violência financeira e violência de gênero. Esta nova obra, porém, está indelevelmente marcada pelapandemia de covid-19. Para as autoras, ao manter parte significativa da população dentro de casa, o coronavírus transformou o lar em espaço de experimentação das novas tecnologias financeiras e dos novos regimes de trabalho e convívio social. Foi um golpe duro para os feminismos, que ao longo das últimas décadas se esforçaram para "desconfinar esse lugar que por muito tempo se quis privado, familiar e campo privilegiado do trabalho não remunerado" — principalmente na Argentina, onde as mulheres vinham se mobilizando cada vez mais contra o feminicídio e pela descriminalização do aborto, com sucessivas vitórias. Com um pé na universidade e outro na militância, Luci e Verónica acreditam que a pandemia serviu de pretexto para uma manobra de reprivatização, uma espécie de "chamado à ordem" em reação à ocupação das ruas pelos feminismos e suas tentativas de subverter a noção de ambiente doméstico heteropatriarcal. Isso se deu basicamente por meio de quatro processos: o aumento das dívidas domésticas contraídas para a aquisição de bens básicos e para atender necessidades emergenciais; o crescimento das dívidas de aluguel; a reorganização e intensificação das jornadas de trabalho reprodutivo e produtivo em um mesmo espaço; e a invasão dos
Peso: | 0,15 kg |
Número de páginas: | 80 |
Ano de edição: | 2024 |
ISBN 10: | 6560080781 |
ISBN 13: | 9786560080782 |
Altura: | 21 |
Largura: | 14 |
Comprimento: | 1 |
Edição: | 1 |
Idioma : | Português |
Tipo de produto : | Livro |
Assuntos : | Geopolitica |
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