Guimarães Rosa descreve a dialética de sua identidade em confrontos com os lugares. Onde se situariam? No mundo, nas paisagens, nas memórias, nos afetos...? A essência do ser no mundo não comporta certezas. Nasci aqui. Meu pai me deu minha sina. Vivo. Jagunceio. Eu sou donde eu nasci. Sou de outros lugares. A geografia do lugar está no encontro do ser com suas memórias, vivências e lembranças. A busca de um lugar fixo na Terra desfaz- -se na ilusão de sua impossibilidade em se materializar. Recuperar o passado buscando-o no lugar antes vivido será apenas memória com seus reflexos emocionais de perdas. O lugar situa-se no encontro do ser consigo mesmo, algo cuja existência é fugaz. A paisagem é sempre política. Os sorveteiros ítalo-brasileiros e seu trânsito entre não lugares refletem a gestação imaginária de um novo proletariado prenhe de aspirações cosmopolitas. “Pobre tem de ter um triste amor à honestidade. São árvores que pegam poeira. Ah! Mas a fé nem vê a desordem ao redor. As gentes, as areias.” E “O São Francisco partiu minha vida em duas partes.”.
Peso: | 0,43 kg |
Número de páginas: | 368 |
Ano de edição: | 2024 |
ISBN 10: | 8546226970 |
ISBN 13: | 9788546226979 |
Altura: | 21 |
Largura: | 14 |
Comprimento: | 19 |
Edição: | 1 |
Idioma : | Português |
Tipo de produto : | Livro |
Assuntos : | Humanidades & Sociologia |
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