"Uma ausência assombra a filosofia política europeia. A ausência da escravidão. Foi a partir dela que Susan Buck-Morss compôs este Hegel e o Haiti. Em sua base está uma questão a respeito do momento em que a superação da escravidão se transformou, de fato, na condição da efetivação da liberdade. Este momento não está nos autores liberais, como Locke, e sua complacência com a escravidão devido à supremacia do direito de propriedade. Ele não se encontra sequer no iluminismo francês, tão combativo em vários campos mas capaz de se calar de forma quase absoluta a respeito do Code Noir e da escravidão nas colônias. (...)Mas Buck-Morss não utiliza tal constatação para deplorar todo discurso universalista como simples máscaras de interesses inconfessáveis de dominação e de opressão. Ela quer identificar o momento em que a escravidão aparece no coração da reflexão filosófica moderna redimensionando seu discurso de emancipação e este momento não será outro que a constituição de uma teoria do reconhecimento na base da filosofia social. Ou seja, trata-se de voltar, mais uma vez, a uma das páginas mais comentadas da história da filosofia, a saber, a “dialética do senhor e do escravo”, de Hegel. Buck-Morss nos lembra como o filósofo alemão acompanhava todos os passos da revolta dos escravos no Haiti, a primeira revolta de massa a estabelecer um quadro civil geral de liberdade, o que a leva a defender que este seria um dos eixos maiores da constituição desta figura da consciência em A fenom
Peso: | 0,23 kg |
Número de páginas: | 128 |
Ano de edição: | 2017 |
ISBN 10: | 8566943481 |
ISBN 13: | 9788566943481 |
Altura: | 23 |
Largura: | 16 |
Comprimento: | 2 |
Edição: | 1 |
Idioma : | Português |
Tipo de produto : | Livro |
Assuntos : | Filosofia |
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