A história das mulheres na filosofia é marcada por numerosos desequilíbrios, dos quais o mais evidente - sua longa, muito longa ausência - tende a esconder os outros. Sabemos, é claro, que, desde a Antiguidade e até o século XX, a sociedade patriarcal europeia reservou o estudo das letras a seus rebentos machos, de modo que principalmente a literatura e a filosofia acabaram sendo atividades reservadas aos homens. O monopólio da educação, da escrita, do debate, da publicação, manteve a maioria das mulheres longe dos conceitos filosóficos e daquilo que eles trazem de alegrias especulativas, de esforços literários e de lampejos libertadores. Mas não todas. Se voltarmos longe na história, encontraremos vestígios de numerosas mulheres cujos pensamentos, e às vezes os escritos, marcaram sua época. Se, com frequência, essas exceções não encontraram espaço na história da filosofia, é em parte porque a Grande Narrativa continua a ser uma história de homens, feita por eles e para a sua própria glória. Ao reequilibrar a maneira de contar a história da filosofia, não se está negando a realidade da dominação. Trata-se de superar o silêncio com o qual uma história exclusivamente masculina quer recobrir as importantes contribuições trazidas ao pensamento pelas mulheres e pelas questões levantadas por elas.Reunimos neste volume textos escritos por duas mulheres, Marie de Gournay e Olympe de Gouges, que estão entre as maiores intelectuais dos séculos XVII e XVIII, assim como três textos escri
Peso: | 0,3 kg |
Número de páginas: | 272 |
Ano de edição: | 2019 |
ISBN 10: | 8566943775 |
ISBN 13: | 9788566943771 |
Altura: | 21 |
Largura: | 14 |
Comprimento: | 3 |
Edição: | 1 |
Idioma : | Português |
Tipo de produto : | Livro |
Assuntos : | Filosofia |
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