“Tive ouro, tive gado, tive fazendas. / Hoje sou funcionário público. / Itabira é apenas uma fotografia na parede. / Mas como dói!”. Nos conhecidos versos finais de “Confidência do itabirano”, está condensada a trajetória pessoal do autor, Carlos Drummond de Andrade, das fazendas de Itabira às repartições públicas do Rio de Janeiro. E neles também repercutem as profundas mudanças sociais por que passava o Brasil de então, com suas oligarquias rurais lentamente cedendo às pressões da urbanização. Em Drummond Cordial – trabalho que foi um dos vencedores do IV Concurso Nacional de Ensaios Ministério da Cultura Nestlé –, o jornalista e crítico Jerônimo Teixeira analisa a dimensão histórica da poesia drummondiana com ajuda da noção de “homem cordial”, desenvolvida por Sérgio Buarque de Holanda.A cordialidade não é, como muitos acusam – às vezes sem ler Raízes do Brasil –, uma apologia da bondade pátria. Pelo contrário, trata-se de um conceito que até hoje guarda grande alcance crítico para a análise da vida institucional brasileira .Os bens e o sangue” e “Escada”, entre outros. Com sensibilidade apurada, Drummond Cordial desvenda detalhes até hoje pouco observados na dolorosa fotografia que o poeta itabirano pendurou em nossa parede.
Peso: | 0,22 kg |
Número de páginas: | 248 |
Ano de edição: | 2005 |
ISBN 10: | 8586372811 |
ISBN 13: | 9788586372810 |
Altura: | 21 |
Largura: | 14 |
Comprimento: | 1 |
Edição: | 1 |
Idioma : | Português |
Tipo de produto : | Livro |
Assuntos : | Literatura Nacional |
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