Nos últimos trinta anos, grande parte dos avanços extraordinários em nosso conhecimento do passado brasileiro, sobretudo no período escravista, vem de pesquisas nos arquivos judiciários. Duas séries de documentos nesses acervos têm sido especialmente exploradas, porém em geral separadamente: os processos-crime e os inventários post-mortem de propriedades para efeitos de herança. Este estudo de Maíra Chinelatto Alves, enfocando assassinatos de senhores por escravos em Campinas, inova pelo cruzamento dos dois tipos de documento. Aproveitando-se do fato de que cada morte violenta de pessoa de posses normalmente gera as duas fontes e, portanto duas perspectivas complementares sobre o mesmo evento – Alves nos oferece sete micro histórias impactantes de confrontos entre senhores e cativos. Situadas na década de 1840, quando os trabalhadores na senzala eram predominantemente da África Central, e na de 1870, quando a maioria dos mesmos havia nascido no Brasil, essas histórias retratam dois momentos na construção pelos próprios escravizados de uma ideia de direitos – isto é, de limites à prepotência senhorial que os proprietários não podiam transgredir sem correr grande perigo. Contados com maestria narrativa e vigor analítico, os casos abordados aqui, ao rés do chão, iluminam a história social mais ampla das últimas décadas do escravismo.
Peso: | 0,2 kg |
Número de páginas: | 238 |
Ano de edição: | 2014 |
ISBN 10: | 8579392969 |
ISBN 13: | 9788579392962 |
Altura: | 23 |
Largura: | 16 |
Comprimento: | 1 |
Edição: | 1 |
Idioma : | Português |
Tipo de produto : | Livro |
Assuntos : | Economia Brasileira |
Assuntos : | História Geral |
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