Um dos efeitos da ventania neoliberal das décadas de 1980 e 1990, associada por seu turno a uma fase específica do capitalismo recente, e agora em crise, foi o de varrer do mapa acadêmico importantes debate em torno da teoria de Marx. Também no campo da antropologia, a simples menção do seu nome vinha acompanhada por alegações precipitadas e objeções ferrenhas a conceitos em geral mal entendidos. O livro de Maria Cecília Turatti constitui uma retomada, oportuna aos novos tempos de crítica e crise, dos debates abortados especificamente no caso da antropologia econômica francesa de inspiração marxista. Mas os nomes de Maurice Godelier e de Claude Meillassoux, principais autores estudados, não vêm desacompanhados: eles comparecem como críticos da antropologia nas vertentes formalista e substantivista. Para compreender a primeira é que o livro começa “construindo o Homo economicus” desde as origens do conceito no pensamento dos economistas clássicos e, mais ainda, dos neoclássicos da Inglaterra do século XIX. A crítica dos substantivistas às confusões dos formalistas, inevitáveis pela tentativa destes últimos de aplicar o cálculo econômico marginalista ao comportamento humano em sociedades não-capitalistas, é exposta no capítulo 4, para ser em seguida confrontada à crítica mais complexa e radical dos marxistas. Este é o objetivo do capítulo 5, crucial e mais longo do livro.
Peso: | 0,325 kg |
Número de páginas: | 232 |
Ano de edição: | 2011 |
ISBN 10: | 8579390702 |
ISBN 13: | 9788579390708 |
Altura: | 21 |
Largura: | 14 |
Comprimento: | 1 |
Edição: | 1 |
Idioma : | Português |
Tipo de produto : | Livro |
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