Em minha infância, eu costumava ir com a família para o nosso sítio. Eu nãogostava. Queria fi car na cidade, reclamava que não tinha TV, que era tudo muitoparado. Tudo muito real. A vida ali era constantemente presente. Os insetos, oscavalos, as galinhas, as vacas, o Tacoa. Tacoa era o nosso cachorro.E eu morria de medo dele.Lembro de ele se aproximar de mim, me olhar, e eu me afastar. Alguma coisa nelenão me permitia chegar perto.Um dia, o Tacoa morreu.Alguns dias após a sua morte, olhei para meu avô e disse que ia ao banheiro.Mas eu fui pra horta. Me lembro de tocar no pedaço de pau que marcava ondefora enterrado. Me lembro de chorar. Me lembro de sentir saudade. Quando eleera vivo, eu tinha medo. Mas agora eu sinto saudades. Eu sinto amor. Por ele.Cresci em um lar que tinha afeto, mas havia pessoas nesse lar que não me davamamor, e isso me fechou. Mas esse animalzinho era tão genuíno na demonstraçãodos seus sentimentos, que eu não sabia lidar. Que eu tinha medo.Saudade é lindo. O calor dos seus desenhos, a doçura em suas palavras, o abraçoque eu recebo através de sua mensagem. Me lembrou dessa época em que animaiseram constantes em minha vida, que sua verdade e pureza ao viver os sentimentostransbordavam tanto que fi zeram
Peso: | 0 kg |
Número de páginas: | 128 |
Ano de edição: | 2022 |
ISBN 10: | 8583651213 |
ISBN 13: | 9788583651215 |
Altura: | 28 |
Largura: | 20 |
Comprimento: | 1 |
Edição: | 1 |
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