No senso comum acadêmico dos estudos sobre a instituição estatal paira como vaticínio a crítica à percepção ou definição do Estado como instituição única, totalizante, monopolizadora, onipotente e onipresente. Se há consenso em relação a essa crítica, há enormes dificuldades em superá-la. Quero então valorizar a contribuição de Monique, por tentativa de resolução ou minimização desses efeitos, nem sempre contornáveis no plano da reflexão e da equivalente demonstração. A proposição por ela apresentada pode ser metaforicamente pensada pela adoção da ideia do Estado como articulação de interdependentes cartas de baralho formam um todo sistêmico, mas cada parte guarda, estruturalmente, singularidades decorrentes da distinção interposta por e nessa própria configuração relacional. A adoção do contínuo deslocamento, tal como realizado pelos que assumem funções de representação delegada ou pelos que procuram incorporarrecursos e serviços públicos, de fato permitiu a ela entender o Estado como instituição multifacetada, representando interesses diversos e sendo dinamizada por relações provisórias em prol de estruturação como relativamente permanentes. Delma Pessanha Neves - Antropóloga
Peso: | 0,34 kg |
Número de páginas: | 288 |
Ano de edição: | 2018 |
ISBN 10: | 8546209499 |
ISBN 13: | 9788546209491 |
Altura: | 21 |
Largura: | 14 |
Comprimento: | 2 |
Edição: | 1 |
Idioma : | Português |
Tipo de produto : | Livro |
Assuntos : | Ciências Sociais |
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