Canudos sua gente, sua terra, suas lutas, seus dissensos instauradores continua em disputa. Se Canudos e os conselheiristas foram feitos inimigos da República brasileira, do progresso e do desenvolvimento, seus sobreviventes sobreviventes, não vítimas espalharam-se como sementes de resistência. Por isso, voltamos a Canudos e às suas lutas. Não para reconstruir o tempo de Antonio Conselheiro como monumento imóvel e petrificado. Trata-se de reconhecer, lá e aqui, o esforço de reavivar as centelhas da esperança acesas pela tradição de rebeldia dos pobres, dos trabalhadores, dos oprimidos, que, ao escavar a própria história, vão construindo um modo de ser e de existir que permita romper com as dominações. Voltamos a Canudos, ao sertão e a seus múltiplos sentidos, disputando e contrarrestando os significados impostos desde fora como monumento-barbárie que consolidaram a visão dicotômica e dual entre o sertão e o Brasil. Se o sertão virou o Outro do Brasil, estamos somados a muitas outras Canudos no esforço de ressignificar e renomear o próprio Brasil. Este livro se pretende parte do diálogo e da disputa. É uma aposta somente a tradição dos oprimidos, repensando contradições e reconstruindo veredas, será capaz de despertar as
Peso: | 0,25 kg |
Número de páginas: | 230 |
Ano de edição: | 2019 |
ISBN 10: | 8593115330 |
ISBN 13: | 9788593115332 |
Altura: | 23 |
Largura: | 15 |
Comprimento: | 2 |
Edição: | 1 |
Idioma : | Português |
Tipo de produto : | Livro |
Assuntos : | Literatura Nacional |
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