O terrorismo não foi inicialmente um objeto de estudo. De certa forma, fui escolhido por ele. Morando como pesquisador na França nos anos em que este país se tornou o alvo privilegiado dos ataques jihadistas, entre 2015 e 2016, fui impelido a pensar sobre tais eventos. A reflexão foi tomando forma em textos esparsos, que me eram solicitados a medida que novos ataques se repetiam. A maior parte deles apareceu no caderno Aliás do jornal O Estado de S. Paulo, e uma primeira tentativa de maior fôlego foi publicada no quarto número da revista Peixe-elétrico. É partindo deste texto que proponho o presente ensaio, em uma versão bastante ampliada que aborda novas questões e eventos posteriores à publicação original. O terrorismo insiste em não sair de moda.Como ficará claro, não é escopo do presente ensaio enumerar fatos ou levantar dados sobre eventos específicos. Não nos interessa tampouco aprofundar a compreensão do Islã ou apresentar os conflitos geopolíticos do Oriente. Se fui levado a pensar sobre o terrorismo, foi porque reconheci em sua manifestação atual traços característicos não de uma sociedade outra, mas sim daquela em que vivemos a sociedade do capitalismo avançado, cuja fase última foi batizada por Guy Debord como soci
Peso: | 0,12 kg |
Número de páginas: | 62 |
Ano de edição: | 2018 |
ISBN 10: | 8593115179 |
ISBN 13: | 9788593115172 |
Altura: | 18 |
Largura: | 13 |
Edição: | 1 |
Idioma : | Português |
Tipo de produto : | Livro |
Assuntos : | Literatura Nacional |
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