Esta obra de Edgar Morin traduz, com relativa simplicidade, o processo de formação e consolidação da indústria cultural no século xx e os seus desdo-bramentos na vida prática das pessoas. É a visão de um pensador que vê o processo ainda em formação (o livro foi escrito nos anos 60), mas que já apresenta a lucidez quase teleológica de poder prever o que vai acontecer (e acerta, em quase todas as previsões). A indústria cultural tem gerado discussões acaloradas no meio académico. É palavra obrigatória nos primeiros anos dos cursos de Comunicação. É tema recorrente em Benjamin, em Adorno. Em Morin, o assunto é acessível, a análise é feita a partir da recolha do que há de cultural dentro da indústria cultural. A indústria cultural gera uma cultura. É sobre essa cultura (de massas) que Morin vai fazer a sua análise. Isola os mitos dessa nova cultura, os ícones que ela produziu, os comportamentos que ela nos propõe, para entender o processo cultural que atravessámos no século xx. Acima de tudo, é uma análise antropológica, contextualizada, bem fundamentada. Há três décadas atrás não havia internet, telemóveis. O mundo marxista ainda existia e tinha o seu próprio estilo de fazer indústria cultural de massa (Morin analisa-a, superficialmente). O livro transmite-nos o sabor de uma era passada. Mas, talvez, nisso mesmo esteja uma de suas maiores virtudes: Morin não previu este mundo exatamente como ele é hoje, mas analisou o mundo que via nessa época e traça, com bastante precisão, a
Peso: | 0,25 kg |
Número de páginas: | 234 |
Ano de edição: | 2015 |
ISBN 10: | 9897590587 |
ISBN 13: | 9789897590580 |
Altura: | 23 |
Largura: | 16 |
Comprimento: | 2 |
Edição: | 1 |
Idioma : | Português |
Tipo de produto : | Livro |
Assuntos : | Filosofia |
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