DO ÓDIO E DE SEUS CRIMES " . . .o sujeito que fala nesse discurso, que diz ?eu? ou que diz ?nós, não pode, e, aliás, não procura, ocupar a posição do jurista ou do filósofo, isto é, a posição do sujeito universal, totalizador ou neutro. ( . . .) Claro, sem dúvida, ele faz o discurso do direito, e faz valer o direito, reclama-o. Mas o que ele reclama e faz valer são os ?seus direitos? ? ?são os nossos direitos?, diz ele: direitos singulares, fortemente marcados por uma relação de propriedade, de conquista, de vitória, de natureza. Será o direito de sua família ou de sua raça, o direito de sua superioridade ou de direito da anterioridade, o direito das invasões triunfantes ou o direito das ocupações recentes ou milenares . De todo o modo, é um direito a um só tempo arraigado numa história e descentralizado em relação a uma universalidade jurídica . E, se esse sujeito que fala do direito (ou melhor, dos seus direitos) fala da verdade, essa verdade não é, tampouco, a verdade universal do filósofo. (Michel Foucault, "Em Defesa da Sociedade" . Trad . Maria Ermantina Galvão . São Paulo:Martins Fontes, 2000, p. 60)
Peso: | 0,447 kg |
Número de páginas: | 334 |
Ano de edição: | 2020 |
ISBN 10: | 658768467x |
ISBN 13: | 9786587684673 |
Altura: | 23 |
Largura: | 16 |
Comprimento: | 2 |
Edição: | 1 |
Idioma : | Português |
Tipo de produto : | Livro |
Assuntos : | Concursos & Exames |
Assuntos : | Legislação e Códigos |
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